A Hollywood Reporter confirmou nesta quinta-feira (13) que o sindicato dos atores de Hollywood, conhecido como SAG-AFTRA, oficializou a greve, que terá início à meia-noite de hoje. A decisão afetará aproximadamente 160 mil trabalhadores e poderá paralisar todas as produções em andamento nos Estados Unidos, já que os roteiristas também estão em greve.
Mesmo antes da formalização da greve, a indústria do entretenimento já estava sentindo os efeitos da medida. O elenco do filme Oppenheimer, por exemplo, deixou a première em Londres, na Inglaterra, devido à iminência da greve. O diretor Christopher Nolan demonstrou apoio aos atores, destacando a importância de lutar por compensações justas para os trabalhadores.
Além disso, a San Diego Comic-Con anunciou novos cancelamentos relacionados à greve. Enquanto alguns estúdios já previam a paralisação, como a Marvel, a Sony e a HBO, que anunciaram sua ausência em junho, outras produções como Good Omens e That ’70s Show oficializaram sua adesão à greve nesta quinta-feira.
Antes do início da greve, o sindicato dos atores e a associação dos grandes estúdios (AMPTP) sentaram-se à mesa de negociações, inclusive prorrogando o contrato anterior na esperança de chegar a um acordo. No entanto, as conversas não foram bem-sucedidas. Representantes do SAG e da AMPTP deram declarações opostas à imprensa sobre todo o processo.
A presidente do SAG, Fran Drescher, relatou que as companhias alegaram pobreza de forma ofensiva. Enquanto isso, a AMPTP divulgou uma nota afirmando ter feito uma boa proposta, incluindo aumentos de pagamento, residuais e aposentadorias.
Os atores de Hollywood não entravam em greve desde 1980. Essa paralisação não apenas interromperá as filmagens de vários projetos que contam com atores filiados ao SAG, mas também impedirá a participação desses artistas em eventos de imprensa para filmes já finalizados e a caminho dos cinemas.
Com a adição da greve dos roteiristas, que já está em andamento há dois meses, a maioria dos projetos dos grandes e pequenos estúdios americanos será completamente paralisada até a assinatura de novos contratos. Vale ressaltar que os dois sindicatos não entravam em greve juntos desde 1960.
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